Grupo João Santos: alvo de disputa familiar, grupo empresarial caminha a os largos para a ruína
O risco de demissões em massa em Coelho Neto por parte do Grupo João Santos se confirmou nesta sexta (07). Ao todo foram 363 trabalhadores demitidos da Usina Itajubara, sendo 181 da área rural e 182 da área da indústria. 132w5j
As demissões em massa confirma um colapso de grande impacto econômico na situação do município e a situação de ruína que a o conglomerado pernambucano.
Mesmo com todos os servidores demitidos, o Grupo alega não ter dinheiro para fazer o pagamento das rescisões e do ivo. Para minimizar o estrago, a empresa entregou aos sindicalistas uma lista de imóveis (terras) que podem ser leiloados pela justiça e o dinheiro convertido no pagamento dos trabalhadores.
De acordo com o que apurou o blog, ficaram 70 trabalhadores no campo e a mesma média na indústria e é com esse pequeno efetivo que o Grupo pretende garantir a manutenção do campo e tentar fazer a safra do próximo ano.
O Sindicato dos Trabalhadores (as) Assalariados Rurais – STTA tem uma assembleia marcada para hoje com vistas a tratar do tema.
Estranhamente, desde que o blog trouxe o tema a público na semana ada, nenhuma autoridade política tratou do assunto publicamente.
Confirmação do fechamento da usina levaria a cidade a um colapso
A cidade de Coelho Neto pode entrar em colapso caso se confirme a “ameaça” do grupo João Santos de demitir seus últimos funcionários e fechar a Usina Itajubara. A possibilidade é real e chegou a ser ventilada por representantes do próprio grupo.
No último dia 30, durante uma audiência com o Ministério Público do Trabalho em Caxias com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores (as) Assalariados Rurais – STTA, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos e seus derivados de Coelho Neto – SINTRIAD e os representantes da empresa estava na pauta a proposta que o grupo apresentaria para pagamento de 04 (quatro) meses de salários atrasados, férias e 13º.
Durante a reunião os representantes do grupo negaram a possibilidade de proposta devido ao fato de não conseguirem confirmar a venda antecipada do álcool da safra do próximo ano. As empresas que estavam negociando recuaram diante da visível crise que a o conglomerado em todo o país, fato que impediu a compra antecipada com recursos na ordem de quase R$ 13 milhões de reais, correspondente a 7 milhões de litros de álcool.
Por conta disso o empresário José Santos – presidente da parte do grupo sediada em Coelho Neto teria mandado noticiar através de seus advogados que não havia mais condição de manter o empreendimento, a menos que os trabalhadores esperassem até 15 maio de 2019, tempo em que ele teria condições de manter o funcionamento. Uma proposta no mínimo indecorosa e desrespeitosa com os trabalhadores não? Se os trabalhadores não aceitassem ele faria uma demissão em massa, tanto dos rurais quanto dos que ainda trabalham na indústria e consequentemente decretaria de vez o fechamento da usina.
Os advogados dos trabalhadores foram orientados a pedir a penhora da Usina e do canavial para que após a concessão da penhora, os trabalhadores tenham segurança de garantias judiciais de receber seus proventos. De acordo com informações obtidas pelo blog junto ao presidente do STTA Eduardo Penha, a dívida toda chegaria a cerca de R$ 40 milhões levando em consideração horas trabalhadas e rescisões.
Essa decisão se confirmada, provocaria um colapso na cidade, tão grave quanto o que aconteceu após a paralisação da empresa Itapagé em 2005. A população naquela época foi vítima de mais um engodo do grupo João Santos, que na ânsia por conquistar mais décadas de isenção fiscal nunca colocou um parafuso na modernização vendida por eles, mas que nunca aconteceu.
Está na hora da classe política se mexer e buscar os meios legais para minimizar um estrago dessa magnitude.
É um sinal vermelho que se acende sobre a situação econômica do município…
A briga interminável dos herdeiros do Grupo Santos vai se agravando em meio a denúncias de dilapidação do patrimônio e com os trabalhadores tendo que pagar a conta 1y1y3v
Trabalhadores de Coelho Neto: vítimas do descaso e da falta de responsabilidade do Grupo João Santos Foto: Diário de Notícias
A semana em Coelho Neto teve mais um episódio lamentável de paralisação dos trabalhadores do Grupo Santos para receberem seus direitos trabalhistas. Eles precisaram acampar e impedir o o a Escola Maria Regueira dos Santos (de propriedade do grupo), para que pudessem ser vistos pelos poderes constituidos.
É só mais um capítulo triste dessa história que se arrasta há anos. O Grupo João Santos nunca foi essa referência de respeito aos seus colaboradores, muito pelo contrário, em Coelho Neto a situação sempre foi bem caótica e na maioria das vezes com necessária intervenção da justiça para que obrigações legais fossem cumpridas.
Quando receberam praticamente de mão beijada as empresas que pertenciam ao Grupo Bacelar, o Grupo João Santos nunca se preocupou com o bem estar dos coelhonetenses. Diferentemente de grandes outros conglomerados no país afora, não há qualquer ação de responsabilidade social ao longo de mais de 40 anos.
Sugaram de nossas riquezas até cansarem, destruiram criminosamente patrimônios de nossa história e fizeram pouco caso de suas obrigações diante da alforria lhes dada pela Câmara renovadas vezes com o benefício de décadas de isenção fiscal e com a promessa de um retorno que nunca foi cumprido na integra. O sonho do fechamento da Itapagé para modernização foi mais um engodo para que tivessem a isenção fiscal renovada e hoje pagamos um alto preço por isso.
Itapagé fechada em Coelho Neto desde 2005: modernização foi mais uma mentira pregada por seus dirigentes para garantir novos anos de isenção fiscal. Foto: João Osório
As casas da vila de funcionários estão se acabando, mas é melhor isso do que criar um aluguel social com valor simbólico e oportunizar para aqueles que não tem casa a oportunidade de não deixar o patrimônio se acabar. O Grupo João Santos sempre pensou apenas em si e nos seus lucros. Que se lixe a população! É exatamente por isso que hoje os trabalhadores precisam recorrer sempre a justiça se quiserem receber seus dividendos.
Estamos falando de um Grupo que parou no tempo. Não envelheceram apenas as máquinas, mas os métodos e as práticas. Reclamam de falta de dinheiro, mas não prestam contas dos resultados financeiros de cada safra. No recente episódio de paralisação, tanto o Executivo como o Legislativo se calaram e acoube ao Ministério Público agir na intervenção. Por incrivel que pareça entre os políticos ninguém fala, ninguém grita e nem esbraveja porque parecem temer aquilo que já foi um “poderoso império”, mas que hoje se destrói com as próprias mãos.
Enquanto os trabalhadores sofrem o descaso, os herdeiros se matam pelo patrimônio. Recentemente os dois presidentes do Grupo – Fernando Santos e José Santos – foram cusados pelos familiares de estarem dilapidando o patrimônio da família. Segundo o Estatuto, para serem retirados do comando da empresa, é necessário 75% dos votos, mas os dois detém juntos 38% contra 68% da ala insatisfeita. Em meio as denúncias – que ambos negam – as acusações contra a diretoria do Grupo são de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, fraudes as execuções trabalhistas e formação de quadrilha. O caso composto por um um dossiê de 91 páginas já foi enviado para a Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho em Pernambuco, onde fica a sede do Grupo. Para se ter uma noção do caos, o Grupo João Santos teria hoje uma dívida fiscal superior a R$ 8 bilhões, sendo que deste valor R$ 5 bilhões já estariam inscritos na dívida ativa da União.
Não investem nas empresas paralisadas e nem se livram delas. Se já tivessem vendido, Coelho Neto hoje teria como viver novos ares e poderiamos sonhar com o retorno dos áureos tempos de fortalecimento da economia local e de toda a região. Enquanto brigam lá por cima, os herdeiros do Grupo João Santos massacram o trabalhador, detonam o próprio patrimônio e submetem a cidade a continuar debaixo do seu pesado jugo.
Mesmo um ano depois do fechamento da fábrica da Itapissuma S/A na cidade de Fronteiras, a empresa ainda se vê envolta em dívidas trabalhistas contraídas com a demissão em massa de 200 funcionários. É para pagar estes débitos que a Justiça do Trabalho determinou leilão, na modalidade venda direta, de um imóvel localizado na Avenida Frei Serafim e que pertence à empresa.
Ao todo, o leilão envolve três terrenos, indo da Rua Monsenhor Gil até a Avenida Frei Serafim, no Ilhotas, incluindo todas as construções existentes, de acordo com os limites e dimensões explicitados no edital. O imóvel da Frei Serafim, onde funciona a Engecopi, foi avaliado em R$ 8 milhões.
Com o montante arrecadado, a Justiça do Trabalho espera que a Itapissuma quite as dívidas contraídas com os mais de 500 processos ajuizados após a dispensa dos funcionários sem a prévia negociação com o sindicato da categoria, com salários atrasados e sem o pagamento de férias e verbas rescisórias. Até o momento, já foram realizados 113 acordos judiciais somente na Vara do Trabalho de Picos, resultantes das demissões.
Além de quitar as dívidas trabalhistas, a Itapissuma S/A deverá, segundo determinou a Justiça do Trabalho, utilizar o restante do valor conseguido nos leilões para adquirir insumos necessários para a retomada das atividades no Estado. A reabertura da indústria deverá priorizar a contratação dos ex-trabalhadores dispensados, comprovando essa situação nos autos.
Nem prefeito e nem presidente da Câmara de Vereadores são capazes de se posicionar diante do flagrante desrespeito do Grupo João Santos com seus trabalhadores que a qualquer momento pode chegar ao extremo.
Trabalhadores atearam fogo em pneus na entrada das empresas
Com o descaramento das empresas em propor pagar os trabalhadores demitidos dessa safra apenas na safra do ano que vem, os manifestantes engrossaram e a empresa resolveu autorizar a liberação dos pagamentos na última sexta (13). Nesta segunda (16), os trabalhadores retomaram o protesto e queimaram pneus na portaria da empresa após a decisão extemporânea sabe-se lá por quais motivos de suspender o pagamento que já havia iniciado.
Lamentavelmente desde que a crise e agravou, nem o prefeito de Coelho Neto Américo de Sousa (PT), nem o presidente da Câmara Osmar Aguiar (PT) se manifestaram sobre ocorrido, como se isso não fizesse parte de suas atribuições.
Para fazer politicagem no início do mandato, Américo e o suplente de deputado Rafael Leitoa (PDT) chegaram a programar uma intermediação sobre a situação do Grupo João Santos, mas após a saída dos fotógrafos e da imprensa tudo não ou de conversa fiada. Leitoa chegou a ensaiar uma ida ao Escritório Central do Grupo João Santos em Recife-PE, mas só atravessou mesmo o Itapirema para retornar para sua Timon.
Politicagem de Américo e Rafael Leitoa no início do ano ficou só no gogó
Os trabalhadores terão que contar com a própria sorte, porque se depender dos representantes dos poderes, eles estarão muito ocupados para tomar qualquer providência, afinal não estamos em ano eleitoral mesmo.
Uma lástima!
Post atualizado às 15:53h – Após uma reunião da empresa com o sidicato da categoria, o grupo João Santos se comprometeu novamente a retomar os pagamentos nesta terça (17).
Grupo João Santos: todas as tentativas para dificultar compromisso com os trabalhadores
A guerra travada entre o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Papel, Celulose e Artefatos de Coelho Neto – SINPACEL e as empresas Agrimex e Itapagé ligadas ao Grupo João Santos teve mais um capítulo escrito nesta terça (13).
Acontece que o Juiz do Trabalho Higino Diomedes Galvão proferiu despacho autorizando o bloqueio nas contas das 36 empresas do Grupo João Santos para pagamento de salários em atraso dos trabalhadores, bem como a penhora dos imóveis indicados pelo Sindicato, além da intransferibilidade dos imóveis das empresas do grupo nas cidades de Caxias, Coelho Neto, Buriti e União-PI.
Sem a menor noção do ridículo, a empresa que estava em silêncio resolveu propor que pagaria a dívida em 24 vezes, proposta rejeitada pela assembleia de trabalhadores realizada no último dia 09, optando por aguardar a decisão final da justiça.
A decisão do juiz foi baseada no argumento de ter encontrado nas contas das empresas, dinheiro suficiente para que os débitos fossem pagos.
Reação
Sem qualquer compromisso com os trabalhadores o Grupo João Santos resolveu reagir diante da decisão do juiz da Vara do Trabalho de Caxias que bloqueou as contas, penhorou imóveis e proibiu a intransferibilidade dos imóveis das empresas.
Para protelar e evitar o pagamento, o advogado da Agrimex S/A entrou com um mandado de segurança solicitando uma Audiência de Conciliação e assim apresentar um acordo, o que representa um verdadeiro deboche.
Se o processo rola desde o início de 2016 como é que as empresas querem fazer acordo justamente após a justiça dar ganho à causa dos trabalhadores?
É mais um capítulo triste e deprimente da forma que as empresas do Grupo João Santos tratam seus colaboradores.
Grupo João Santos em Coelho Neto: paralisação e demissões. Foto: João Osório
A cidade Coelho Neto realmente é um lugar onde as coisas andam na contramão da realidade. Na manhã da última segunda (10), nos exatos 100 dias do novo governo (que de novo não tem nada), o Grupo João Santos reuniu parte do seus colaboradores para anunciar a paralisação de duas de suas principais empresas no município.
De acordo com o que fora reado pelos diretores da empresa, os colaboradores das empresas Itapagé S/A e Agrimex S/A foram informados que seus contratos seriam rescindidos e as atividades das duas empresas seriam suspensas.
A notícia representa um grande baque a economia local já cambaleante, haja visto o cenário de crise que a o município ocasionado sobretudo pelo desemprego em níveis elevadíssimos. Volta-se a viver o pesadelo de 2005, quando o Grupo João Santos anunciou a paralisação da Itapagé e demitiu centenas de pessoas.
O grande incrível da história é que mesmo diante da gravidade do fato, ninguém da classe política da cidade fez um pronunciamento sequer, NINGUÉM.
O prefeito de Coelho Neto Américo de Sousa (PT) que poderia ter se manifestado não deu um pio. A Câmara de Vereadores que deveria ter estimulado o debate sequer conseguiu realizar sessão por falta de quórum. Os tais deputados que “andam atrás de votos” e se dizem representantes da cidade também não indicaram qualquer saída que possa minimizar o cenário de caos.
Enfim, enquanto a classe política da cidade “descansa em berço explêndido”, os pais de família desempregados com certeza sequer conseguiram pregar o olho, vislumbrando dias vindouros de dificuldade e angústia.
A Companhia Agro‐Industrial de Goiana (CAIG/Usina Santa Teresa) do Grupo João Santos, decidiu, no final da manhã desta quarta‐feira (29), durante uma assembleia com o sindicato da categoria, paralisar as atividades de produção por dois anos, além de demitir uma grande quantidade de funcionários, após os inúmeros atrasos salariais e dívidas trabalhistas.
Assembléia contou com a presença do presidente da CAIG José Santos
A assembleia foi realizada pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar) e contou com a presença de centenas de trabalhadores, além do presidente da CAIG, Sr. José Bernadino Santos.
Segundo informações de funcionários, José Santos afirmou ao público presente que um dos grandes problemas da empresa foram as questões familiares com os irmãos, após o falecimento do pai João Pereira dos Santos.
As demissões estão previstas para acontecer já na próxima semana. A empresa também está disponibilizando Plano de Demissão Voluntária (PDV) aos trabalhadores interessados.
Assembleia de funcionários durante comunicado da paralisação
Fundação ‐ A Usina Santa Teresa é uma empresa localizada no município de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, que produz açúcar e álcool, filiada ao Sindicato da Indústria do Açúcar e Álcool de Pernambuco.
Fundada no ano de 1910 pelo coronel Francisco Vellozo de Albuquerque Melo, junto com João Joaquim de Mello Filho e José Henrique Cézar de Albuquerque. A empresa contava com uma produção estimada em 1.800.000 sacos de açúcar refinado granulado.
Recentemente, vinha ando por várias dificuldades financeiras, ocasionando os atrasos constantes de salários.
O governo estadual está buscando alternativas para reabrir a fábrica de cimento Itapissuma S/A, em Fronteiras (400 km de Teresina). A unidade localizada na Fazenda Monte Alvão está com as atividades paralisadas desde o dia 6 deste mês, mas após o acordo, há a possibilidade de retomar as atividades em dois meses.
Ontem (27), o governador Wellington Dias (PT) se reuniu com o diretor e o superintendente do Grupo João Santos, Geraldo Santos e Fernando Gusmão. No encontro foram acertados uma repactuação relativa ao ICMS e um acordo com os consumidores de cimento. “Temos o compromisso de trabalharmos condições para termos uma produção com um preço competitivo em relação a outros estados, de tal maneira que tenhamos aqui um acordo com os principais consumidores de cimento, com as obras do Estado e as obras federais”, declarou o governador.
O superintendente da Itapissuma, Fernando Gusmão, considerou que o entendimento ajudará a trazer “soluções viáveis” para retomar o funcionamento da fábrica o mais rápido possível. “Talvez em 60 dias”, afirmou. Mais de 500 funcionários estavam trabalhando no local.
Itapagé – empresa do Grupo João Santos em 2005 e sediada em Coelho Neto
A direção do grupo pernambucano João Santos, que virou referência nacional na produção e comercialização de cimento, ite que vem enfrentando muitas dificuldades devido às consequências da crise nacional, mas nega que tenha decretado falência, através de um pedido de concordata, conforme foi noticiado aem um blog do Piauí.