Alô Procon! População de Afonso Cunha denuncia má prestação de serviço da CEMAR 22566i

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É grande a insatisfação dos usuários da Companhia Energética do Maranhão – CEMAR em Afonso Cunha.

O problema de queda de energia na cidade sempre foi uma constante, mais desde o início de fevereiro desse ano parece que a coisa desandou de vez. Basta o tempo fechar anunciando chuva para a população ficar em polvorosa com o suspensão do fornecimento de energia.

Pior do que a suspensão são as oscilações, algo que tem se tornado rotina na cidade. Nesse interim há diversas denúncias da queima de aparelhos eletro-eletrônicos.

Outra grande reclamação é a falta de atenção da CEMAR ao problema, já que a empresa se limita a divulgar via imprensa os motivos que levaram as interrupções, mas na cidade não há qualquer assistência ao usuário, que paga MUITO CARO diga-se de agem pelo fornecimento de energia.

Em meio as oscilações de energia e possível queima de equipamentos quem pagará a conta? Ao que tudo indica, como acontece na maioria das vezes sobrará ao bolso do contribuinte.

Lamentável…

Com contribuição do Portal Afonso Cunha

 

CEMAR emite nota sobre vídeo denunciado no Blog 33f3n

Logo Cemar azul,

A Companhia Energética do Maranhão informa que já identificou e apurou a situação mostrada em vídeo publicado no Facebook no dia 23 de setembro, que mostra um entregador de contas de energia de empresa fornecedora da Companhia imprimindo e lacrando as contas para serem entregues no Condomínio Girassol, em São Luís.

Sobre esta situação a Cemar esclarece que:

1-    A leitura dos medidores do Condomínio Girassol foi feita por um leiturista no dia 15 de setembro. Algumas contas foram entregues no mesmo dia da leitura por faturamento imediato, já outras não puderam ser impressas no mesmo dia por apresentarem variação de consumo (consumo diferente do histórico do cliente) e nestes casos a Companhia realiza o procedimento padrão de análise de cada situação antes de emitir a conta.

A pessoa que aparece no vídeo (trata-se de um entregador de contas que atua em situações como estas) estava com as informações das contas que não foram entregues, em seu equipamento, para serem impressas, conforme a leitura realizada no dia 15 de setembro e análise posterior feita pela Cemar- Isto não representa emissão de conta de forma aleatória;

2-    Quando as contas são entregues em condomínio, em mãos para o porteiro, é necessário manter o sigilo das informações, e por este motivo o entregador imprime e lacra as contas antes de entregar;

3-    O motivo do entregador estar sentado em frente ao condomínio realizando a impressão das contas, deve-se ao fato do mesmo ter buscado abrigo do sol, naquele momento.

Por fim, a Cemar esclarece que o entregador de contas em questão já foi reorientado, para que em situações como estas, as contas sejam impressas e entregues na presença do porteiro do condomínio.

Assessoria de Imprensa da Cemar

Denúncia: Funcionário da CEMAR estaria emitindo faturas sem visitar residências 5s4c18

Um vídeo que circula nas redes sociais desde a semana ada tem causado indignação e gira em torno da denúncia um suposto funcionário da CEMAR emitindo faturas das contas de energia sem sequer entrar no condomínio.

O denunciante que gravou o vídeo que já conta com quase 30 mil visualizações, atestou o absurdo e publicou em sua página do Facebook. “Virou moda mesmo ?! Flagrei hj a tarde na frente do condomínio Girassol (São Luís -MA) onde possuo um apartamento o funcionário da CEMAR emitindo faturas da conta de energia sem ao menos entrar no condomínio. Será q ele conhece tão bem os moradores pra saber o consumo e assim não olhar os medidores ?! Brincadeira! “, disse ele.

Confira o vídeo e tire suas próprias conclusões:

CEMAR emite nota para esclarecer contas da Câmara de Timon 4m2k

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A Cemar emitiu nota ao Blog após postagem publicada na última terça (04), para esclarecer a reclamação do Presidente da Câmara de Timon Uilma Resende sobre duas contas emitidas no mês de julho.

A seguir a íntegra da nota:

Objetivando melhorar ainda mais o atendimento ao cliente, a Cemar comunicou e implantou em maio/14 a redefinição das rotas de leitura e entrega das contas do consumo de energia elétrica. Essa redefinição obedece a legislação do setor elétrico brasileiro.

Como devidamente comunicado aos clientes, essa implantação desencadeou no mês de junho/14 uma movimentação no calendário de faturamento, e três situações são percebidas:

 alguns clientes receberam suas contas com uma quantidade de dias maior que o ciclo normal, ou seja, o valor será um pouco maior que o de costume, porque o cálculo somará um período com mais dias de consumo. Cabe destacar que os valores estão exatamente de acordo com o consumo médio que esses clientes costumam pagar.

 outros clientes receberam duas contas com a mesma data de vencimento e com valores diferentes. A primeira é referente ao mês anterior, já a segunda é a conta do mês corrente.  Estas faturas se referem aos consumos relativos a períodos de consumo diferentes, o que não configura cobrança em duplicidade. Convém ressaltar, que a cobrança de valores é devida, uma vez que os períodos de competência das faturas apresentadas são distintos, ou seja, apesar de possuírem a mesma data de vencimento, as faturas se referem a períodos de leituras diferentes, como se pode facilmente perceber por meio da leitura das faturas de consumo.

 alguns clientes receberam suas contas com uma quantidade de dias menor que o ciclo normal, ou seja, o valor será um pouco menor que o de costume, porque o cálculo somará um período com menos dias de consumo. Cabe destacar que os valores estão exatamente de acordo com o consumo que esses clientes costumam pagar.

Finalmente, visando evitar transtornos aos clientes, a Cemar se coloca à disposição dos clientes para negociar e parcelar o valor das contas daqueles que tiverem alguma dificuldade no pagamento das contas. Basta ligar gratuitamente para a Central 116 ou se dirigir a uma das Agências de Atendimento.

Assessoria de Imprensa da Cemar

As “mancadas” da CEMAR continuam… 196014

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Presidente da Câmara de Timon Uilma Resende

Definitivamente a Companhia Energética do Maranhão não vem agradando em nada em suas cobranças de serviço a população e os poderes constituídos do município. Depois de receber na semana ada denúncia do Procon, agora é a vez do presidente da Câmara Municipal, o vereador Uilma Resende, oficiar a empresa para prestar esclarecimentos sobre a cobrança de duas faturas com vencimentos dentro do mês de julho. O ofício do chefe do legislativo é para que a empresa mande representante para a casa amanhã,quarta-feira, dia 5.

Uilma Resende adotou um embasamento diferente do Procon de Timon que entendeu ser o correto a Cemar conceder oito datas para o consumidor escolher para realizar o pagamento. Para o presidente da Câmara, além de ferir o art. 6, III do Código de Defesa do Consumidor, também está descumprindo o art. 124, § 3º, da resolução 414 da ANEEL, no qual determina que “A data de vencimento da fatura somente pode ser modificada com autorização prévia do consumidor, em um intervalo não inferior a 12 (doze) meses”.

Na ocasião, o Presidente encaminhará a Comissão de Defesa do Consumidor daquela Casa o caso para que a comissão formalize um acordo (TAC) com a Cemar no sentido que a mesma se abstenha de efetuar corte referente a fatura de competência 07 no mês de Agosto, mas somente em Setembro, assim daria ao consumidor Timonense a oportunidade de pagar a fatura de referencia 07/2015 no mês de Agosto.

O Presidente irá chamar o PROCON de Timon e o Ministério Publico para participar da reunião.

Do Blog do Elias Lacerda

Insatisfação: Má-prestação de serviço da CEMAR lidera ranking de reclamações em Timon 5b3t2

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Com apenas três meses de instalação na cidade, a Gerencia de Proteção e Defesa do Consumidor – PROCON/Timon afirma que o número de queixas da população referente aos serviços prestados pela Companhia Energética do Maranhão – CEMAR – são recordes no órgão.

Recentemente chegou ao conhecimento do Procon, através de reclamações levadas por consumidores, que a companhia estaria cobrando fatura adicional. De acordo com as informações readas pelo coordenador do órgão, Flávio Vale, a Companhia Energética não honrou os acordos que foram firmados.

“Nós tivemos uma reunião com representantes da CEMAR e os mesmos afirmaram que realizariam um reenquadramento das faturas, além disso, prometeram fazer uma ampla divulgação, mas não fizeram. O correto seria a CEMAR conceder oito datas para o consumidor escolher como realizar o pagamento e a empresa não respeitou isso, simplesmente impôs unilateralmente a data que o consumidor teria que pagar, por isso a notificamos”, comentou Flávio Vale.

A notificação foi expedida no dia 21/07 e a CEMAR tem 10 dias para prestar esclarecimentos e mostrar que medidas estão sendo adotadas pela companhia para que tal irregularidade não se repita.

Do Blog do Elias Lacerda

Procon multa Cemar em R$ 2 milhões por má prestação de serviço n373e

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O Procon aplicou multa de R$ 2.048.200,00 à Companhia Energética do Maranhão (Cemar) devido ao elevado número de reclamações relacionadas a danos elétricos, sem restituição, causados aos consumidores por quedas de energia, oscilações e baixa voltagem; cobranças indevidas, sem prestar esclarecimentos sobre os cálculos dos valores cobrados; falha na prestação dos serviços; problemas na leitura dos registros e outras irregularidades.

A concessionária de serviço público de distribuição de energia elétrica foi notificada nesta quarta-feira (1º). A decisão é ível de recurso. Caso a fornecedora não efetue o pagamento da multa aplicada em dez dias ou não preste esclarecimentos, após o recebimento da notificação, será inscrita no débito da Dívida Ativa do Estado do Maranhão, para subsequente cobrança executiva.

O órgão, vinculado à Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), informou que, no período de 2009 a 2014, há 8.837 atendimentos gerais em face da empresa e que foram enviadas 5.717 cartas solicitando informações preliminares, mas em sua maioria as respostas não foram favoráveis ao consumidor e não foram resolvidas as demandas.

Durante as conciliações, as propostas, também, são geralmente rejeitadas, tendo em vista que em nada beneficiavam os consumidores, apresentavam-se, em grande parte, na modalidade de parcelamento de valores considerados abusivos ou da multa aplicada pela fornecedora sem qualquer defesa técnica, a exemplo da apresentação de laudos ou cálculos. A concessionária, desde 2007, está entre as cinco empresas mais reclamadas do Estado. Em 2015, já foram registradas 764 atendimentos.

De acordo com o diretor-geral do Procon, Duarte Júnior, pela relação das reclamações dos consumidores e dados do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), é evidente a má prestação do serviço público de energia elétrica da reclamada, e que é serviço já consagrado pelo nosso ordenamento como um serviço público, essencial e contínuo.

“Todas as empresas prestadoras de serviços, sejam públicos ou privados, além de terem a obrigação de garantir a prestação de forma adequada e eficaz, são obrigadas a mantê-los de forma contínua. Qualquer interrupção, principalmente quando imotivada e não comunicada previamente aos usuários caracteriza afronta aos preceitos legais consumeristas. Nosso objetivo é a adoção de medidas eficazes que possam desestimular as práticas lesivas ao cidadão e promover efetivamente o equilíbrio e harmonia nas relações de consumo, além de buscar soluções justas, um compromisso do governador Flávio Dino”, disse.

Do Blog Marrapá

Viva Luz! Cemar é investigada por suspeita de fraudar o Luz Para Todos 161g5l

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As suspeitas de irregularidades na Cemar (Companhia Energética do Maranhão) não se limitam ao programa Viva Luz, onde a empresa receberia R$ 25 milhões para pagar a si próprio R$ 1,6 milhão (reveja aqui e aqui). Desde 2009 o TCU (Tribunal de Contas da União) investiga fraudes na aplicação do Luz Para Todos no Maranhão, de responsabilidade da companhia.

Um relatório do tribunal feito à época diz que inspeções da Eletrobrás constataram 13 mil ligações a menos do que o total (103 mil) que havia sido reportado pelo Estado ao Luz para Todos. Outro ponto questionado pelo TCU é uma suposta incongruência técnica nos dados fornecidos pela Cemar.

Na prestação de contas do primeiro contrato do Luz para Todos, por exemplo, a empresa alega ter eletrificado 1.578 casas a mais do que o previsto, mas registra a instalação de 77 mil postes a menos do que o necessário para cumprir a meta inicial definida no edital.

Esse contrato, de 2004, foi assinado por Silas Rondeau quando ele presidia a Eletrobrás, a estatal responsável pelo programa federal de eletrificação. Homem de confiança de Sarney, Rondeau virou ministro de Minas e Energia no ano seguinte. Em maio de 2007, caiu por suspeita de corrupção.

Os indícios de fraude começaram a ser apurados a partir de reclamação do sindicato de funcionários da Cemar dando conta de que a empresa deixou de fazer ao menos 50 mil das 103 mil ligações de energia estipuladas para 2005 e 2006. Há fraude até na fiscalização. Um fiscal teria vistoriado 2.376 casas em 12 municípios durante 15 dias, quase 160 casas por dia.

No processo que corre no TCU, a Cemar fez-se defender por um de seus diretores, o filho bastardo de Sarney, José Jorge Leite Soares. Zé Jorge, como é conhecido, recebeu uma procuração para movimentar a conta do Instituto Mirante. A ONG é suspeita de desviar parte de uma verba de R$ 150 mil reada pela Eletrobrás para patrocínio cultural de festas.

Segundo a Polícia Federal, as ligações entre Cemar, Eletrobrás, empreiteiras, Ministério de Minas e Energia e, mais especificamente, a presença de aliados da família Sarney em todas as instâncias revelam tráfico de influência em torno de todo o setor elétrico do país. Relatório do inquérito da Operação Boi Barrica, da PF, chama o grupo maranhense de “organização criminosa” e diz que ela é liderada por Fernando Sarney.

Do Blog Marrapá

Cemar tenta se explicar em nota, mas acaba revelando que lucro é ainda maior 1m542n

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Cemar iluminada no ado pelos generosos recursos do governo Roseana Sarney

A Cemar (Companhia Energética do Maranhão) distribuiu nota à imprensa na manhã desta sexta-feira (29), para contestar a notícia de que não era beneficiada pelo programa Viva Luz, mas a emenda saiu pior que o soneto.

Segundo blogs e jornais, e empresa receberia R$ 25 milhões do governo do Estado para pagar cerca de 30 mil contas de luz que custavam em média R$ 13 cada uma.

Na nota, a Cemar informa que o valor médio das contas é de apenas R$ 11.

Numa conta rápida, o valor reado seria suficiente para pagar cerca de 2,3 milhões de contas de luz. “O valor médio da conta de energia elétrica de uma família residencial de baixa renda, que era beneficiada pelo Viva Luz, gira em torno de R$ 11,00 (onze reais)”, diz o texto.

Informa ainda que o valor médio do kwr, diferente dos R$ 0,52 que foi noticiado, custa “até 30 KWh R$ 0,14 e de 31 a 100 kWh R$ 0,25”.

Com custos menores, a Cemar lucrava ainda mais com o Viva Luz, criado pelo governo Roseana Sarney em 2009 e prorrogado pouco antes dela deixar o governo em dezembro ado. Firme no combate a corrupção e ao desperdício do dinheiro público, o programa foi extinto pelo governo Flávio Dino.

Na nota, a Cemar não explicou quanto era o lucro da empresa com o Viva Luz e nem a denúncia feita pelo Blog Marrapá dando conta que, desde 2009, a empresa é investigada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) por suspeitas de fraudes na aplicação do Luz Para Todos no Maranhão, de responsabilidade da companhia.

Do Blog do Garrone

É a besta! Cemar receberia R$ 25 milhões e pagaria 1 milhão e 600 mil no “Viva Luz” 6d7337

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O lucro da Cemar (Companhia Energética do Maranhão) com o Viva Luz era maior do que se imaginava. De acordo com o programa criado pela então governadora Roseana Sarney, a empresa era responsável pelo pagamento de apenas 35% do valor das contas do beneficiados. Os 65% restantes eram pagos pelo governo federal, por meio da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).

Em 2015 a Cemar receberia R$ 25 milhões para pagar  1/3 do valor das contas de energia de 30 mil famílias que consumissem até 50 kw. O acordo foi fechado em 2014, pouco antes de Roseana renunciar. O programa seria dirigido pelo irmão bastardo da governadora, José Jorge Leite Soares, que entre outras funções na família ocupou a presidência do Instituo Mirante, suspeito de desviar recursos da Eletronorte.

Mas o governo Flávio Dino acabou com a farra. Extinguiu o programa, garantiu que todos os beneficiários fossem contemplados com o pagamento da conta de energia elétrica por meio da TSEE, redirecionou os recursos para a manutenção do Mais Bolsa Família, que atenderá 1,2 milhão de estudantes, e revelou um esquema das arábias.

A Cemar cobra do consumidor R$ 13 por 50 kwr (R$ 0,52 por kwh). Pelo Viva Luz, a empresa pagaria, por cada família beneficiada no programa, R$ 4,55 (35%) e o governo federal R$ 8,45 (65%). Se multiplicarmos R$ 4,55 (valor pago por família beneficiada) por 30.000 (número de famílias beneficiadas) chegaremos ao valor mensal de R$ 136.500 e anual de R$ 1.638.000.

Em suma: o contribuinte maranhense pagaria R$ 25 milhões para a Cemar pagar a si própria R$ 1,6 milhão. Nem o gênio da lâmpada poderia conceder um negócio melhor. (Leandro Miranda)

AFINAL, QUEM É DONO DA CEMAR?

As relações da Companhia Energética do Maranhão (Cemar) com o Sistema Mirante de Comunicação voltaram às conversas políticas depois que a empresa perdeu R$ 25 milhões do governo do Estado e escolheu justamente os veículos da família Sarney para chorar pitangas. Voltou também a pergunta: afinal, quem é o dono da Cemar?

Antes de ser privatizada em junho de 2000, a Cemar serviu como a porta de entrada do grupo Sarney no mundo das companhias energéticas estatais. O escritor Palmério Dória conta em detalhes no Livro “Honoráveis Bandidos”, como Fernando Sarney usou negócios com a Cemar para conseguir recursos que financiaram a criação do Sistema Mirante de Comunicação.

O grupo Sarney controla o setor elétrico no país desde que a Presidência da República caiu no colo do patriarca, em 1985. Os donos do Maranhão até dezembro de 2014 só perderam parte do espólio elétrico em janeiro deste ano, quando o senador Lobão foi demitido do cargo de ministro de Minas e Energia. Ainda assim, os tentáculos dos Sarney continuam firmes e fortes em empresas energéticas estatais ou privadas, caso da Eletronorte e da Cemar.

Para explicar como Sarney continua operando na Cemar mesmo depois da privatização, é preciso voltar no tempo e rememorar o processo de desestatização da companhia.

Até hoje corre na Justiça uma ação do Ministério Público Federal que investiga a possibilidade de subvalorização na privatização da empresa. Para o MPF, a então governadora Roseana Sarney desvalorizou propositalmente a Cemar com a finalidade de beneficiar o consórcio de empresas que arremataram a estatal.

O MPF é claro ao dizer que a operação gerou duplo prejuízo à população, uma vez que uma empresa que pertencia ao Estado e, portanto, ao povo do Maranhão, foi vendida à preço de banana com posterior redução da qualidade dos serviços prestados.

E por que Roseana Sarney vendeu a Cemar à preço de banana? Porque há fortes indícios de que o negócio beneficiou sobretudo o próprio grupo Sarney. Exemplo claro é a presença do senhor José Jorge Leite Soares na diretoria da empresa.

José Jorge é amigo íntimo do empresário Fernando Sarney (há quem diga que seja irmão), de quem recebeu uma procuração para movimentar a conta do Instituto Mirante. Em 2009 a ONG foi suspeita de desviar parte de uma verba de R$ 150 mil reada pela Eletrobrás para patrocínio cultural de festas.

José Jorge fazia a ponte para garantir a entrada de recursos públicos do Programa Luz para Todos dentro da Cemar.

Em matéria publicada no ano de 2009, o jornal “Folha de S.Paulo” mostrou os detalhes da relação do grupo Sarney com a Cemar. Segundo a matéria, além de José Jorge, mais dois amigos maranhenses de Fernando Sarney participavam da operação de arrecadação de recursos públicos para a Cemar: o então diretor financeiro da Eletrobrás, Astrogildo Quental, “que tinha como missão agilizar o ree de verbas do programa ‘Luz para Todos’ para a Cemar”, e o empreiteiro Henry Duailibe Filho, dono da Ducol Engenharia, contratada para as obras de eletrificação. Segundo a Folha, a Ducol recebeu R$ 51 milhões da Cemar.

Trocando em miúdos, mesmo privatizada, a Companhia Energética do Maranhão continuou sendo um ninho de negócios lucrativos para os Sarney, que drenaram recursos públicos para a empresa operando dentro da empresa como se dela fossem os donos de fato.

E o dono da Cemar, o que comprou a companhia do Governo do Estado, nunca ninguém viu no Maranhão. (John Cutrim)